A Apple matou o Primephonic: Como as gigantes da tecnologia estão ditando o consumo de cultura no mundo

Categorias: Cultura, Digital
Tags: aplicativos, Apple, música clássica, música erudita

A revolução digital e o mea culpa

De todas as revoluções de consumo de cultura que o digital nos proporcionou, talvez a indústria fonográfica tenha sido uma das que mais sofreram impactos.

Com um punhado de décadas de vida, nasci ouvindo vinis, cresci com as fitas K7, tornei-me adolescente com os CDs. Agora, como todas as pessoas do planeta Terra que estão conectadas na Internet, amadureço escutando música on-line.

Confesso que preciso fazer o mea-culpa na aceleração dessas mudanças. Afinal de contas, a maior parte dos livros que compro são Kindle e das músicas que ouço são digitais, seja por streaming, seja pelos nossos CDs antigos que transformamos em arquivos MP3.

O digital tem as suas vantagens. E um bom exemplo era o Primephonic.

Primephonic: a união entre conveniência e curadoria

Primephonic era um aplicativo totalmente dedicado à música erudita e afins. Eis um breve resumo dos recursos que o app oferecia:

  • Novidades da indústria, com curadoria de especialistas.
  • Recomendações semanais com base no seu gosto pessoal.
  • Playlists de músicas mundiais de vários lugares e países, para dar férias ao eurocentrismo.
  • Seleções de essenciais dos principais compositores.
  • Diversos podcasts, com história da música erudita, insights e entrevistas.
  • Raridades, músicas menos conhecidas e recomendações para fugir do lugar-comum, como compositores familiares em versões inusitadas.
Prints da tela do app de música clássica Primephonic.

As músicas eram ricas em metadados, ou seja, informações associadas. Além disso, o sistema de busca era fenomenal, com várias opções de filtros. Os resultados incluíam a escolha do editor para aquele compositor ou obra (no caso das mais importantes), históricos e informações de contexto, músicas ranqueadas de acordo com várias opções:

  • Versões mais populares.
  • Ordem alfabética, crescente ou decrescente.
  • Gravações mais novas ou mais antigas.
  • Tempo de música mais longo ou mais curto.

Era possível customizar nossas próprias playlists ou passear no catálogo, que apresentava seleções por:

  • Compositores.
  • Regentes.
  • Orquestras.
  • Instrumentos.
  • Solistas.
  • Períodos.
  • Gêneros.
  • Novos lançamentos e por aí vai.

Podíamos, ainda, criar nossa própria rádio, combinando quatro fatores: período, gênero, instrumento e ambiência (calmo, energético, etc.).

Print da tela do app de música clássica Primephonic, com as opções de rádio.

Por fim, se não me falha a memória, o app afirmava que 60% do valor da assinatura era repassado aos produtores e fornecedores do seu conteúdo musical. Se a informação for condizente com a realidade, parece-me um acordo mais generoso do que os dos streamings convencionais.

Usabilidade, recuperação da informação, modelo de negócios, informações de contextos… tudo isto importa e faz parte da experiência. Tudo isto o Primephonic oferecia de modo notável.

Ao contrário das lojas físicas de discos, que irromperam décadas antes de sucumbir à revolução digital, o Primephonic teve vida breve: três anos apenas. É que a contagem do tempo mudou, o novo calendário corre na velocidade dos bits e bytes.

Agora, todo o catálogo de músicas do Primephonic está disponível na Apple, mas o aplicativo desapareceu e precisamos acessar este conteúdo utilizando o Apple Music.

Afogando no Apple Music

Alguém disse que antes morríamos de sede no deserto, agora estaríamos afogando numa enchente de informação e conteúdo. Curadoria é uma palavra-chave nesta era digital.

No aplicativo Apple Music está tudo junto, todos os estilos musicais. E este fato, pontuado como positivo pelo release1 de despedida do Primephonic é, na verdade, o maior problema desta fusão. Vamos dar um exemplo prático.

Busquei no Apple Music por Gregorio Allegri. A Apple me devolveu, em Artistas, um menu sem a foto do compositor barroco, nenhuma explicação acerca do mesmo e a indicação de uma única música, que classificou como “top música”. Clique na imagem para ouvir.

Prints do app da Apple Music. Clique na imagem para ouvir o remix no YouTube.

Isso mesmo, caro leitor, a indicação do algoritmo é uma versão “gangsta rap” do Miserere. Fiquei com medo de dar uma busca em “Bach” e a Apple me sugerir o remix Vacina Butantan2.

Nada contra estilos musicais populares, até porque sou uma pessoa super eclética, ouço praticamente de tudo. O caso é que não preciso de estímulo para gostar de rock ou de pop, por exemplo, cuja presença em todas as mídias e batida empolgante possuem apelo natural, quase instintivo.

O Primephonic, ao concentrar a experiência da música erudita em um só lugar, criava um convite perfeito para cultivar algo diferente. Uma experiência estética menos trivial.

Na Apple Music esta experiência está gravemente comprometida, pois, fomos lançados à impossível caça da agulha no palheiro.

À mercê dos guias impressos de música clássica e do SEO

Com o fim do Primephonic estou entregue somente aos livros e guias de música “clássica”3, com todas as inerentes desatualizações do papel. Além disto, livros geralmente não possuem indicações específicas de gravações e contam com um espaço finito. Portanto, acabam se voltando mais para aquilo que terá apelo de público, o que já é consagrado, limitando o potencial de novas descobertas.

Não que eu seja uma ávida ouvinte de música erudita. E também passo longe de ser uma connoisseur que só escuta coisas sofisticadas e só gosta de compositores obscuros. Pelo contrário. E está tudo certo. Para mim a música erudita não é mera moeda de capital cultural, é prazer genuíno. Neste sentido, o Primephonic deixa uma lacuna, até o momento, impreenchível.

O Primephonic era robusto e centralizado, tinha um repertório amplo, dinâmico, atualizado em tempo real, potencializado por algoritmos treinados por um público nichado. Neste caso, a despeito de todos os problemas associados aos algoritmos, prestava-me um excelente serviço.

Qual o caminho alternativo? Talvez buscar revistas, blogs e sites especializados. Aí ficamos na mão da googlelização da informação e, novamente, no comando do poderio econômico de quem pode bancar seu SEO.4

Ou seja, de um jeito ou de outro, acabamos entregues às empresas GAFAM.

As insaciáveis gigantes tech GAFAM

GAFAM é uma sigla para as gigantes da tecnologia, a saber: Google, Amazon, Facebook, Apple e Microsoft. Essas novas Companhias das Índias estão colonizando toda a Web, construindo verdadeiros monopólios. Seus CEOs são os novos imperadores, definindo os rumos de tudo que parece reger nossa vida ordinária, do voto ao ouvido.

O meio é a mensagem.

Marshal McLuhan

A factualidade da famosa frase de McLuhan fica bastante evidente quando o meio é comandado por algoritmos.

Assim, estamos presenciando, em simultâneo, dois fenômenos importantes:

  • A difusão mundial em massa dos produtos culturais que possuem maior apelo de público ou maior poderio econômico por trás. Estes acabam por dominar diversos meios de comunicação e os resultados das buscas, influenciando a produção e o consumo de cultura em escala planetária.
  • A incrível democratização dos processos de difusão de produtos culturais, que antes dependiam da aprovação e investimento dos curadores de conteúdo dos grandes veículos, como editoras, gravadoras, emissoras de televisão, etc. Hoje todo mundo pode postar ou acessar o que quiser na Web. Portanto, ter um consumo cultural variado, na contemporaneidade, depende principalmente de nós, consumidores. Neste sentido, a autonomia e o acesso se ampliaram também.

Consumindo acessos e não produtos

Na economia de hoje, compramos com frequência acesso e não produtos. Quando adquiro um livro na loja Kindle, ele não está na minha estante, mas na minha conta da Amazon, enquanto Jeff Bezos reinar absoluto.

Este novo modelo de negócios implica no risco iminente de ficarmos sem o serviço ou produto digital no qual investimos tempo, seja em curva de aprendizado, seja em interação com este conteúdo. Por exemplo, os grifos que deixamos em um livro digital no e-reader ou a seleção que salvamos em um app de streaming. Nem todos os serviços permitem uma exportação completa dos conteúdos criados pelo usuário, como playlists.

Neste sentido, a Amazon ser a potência que é consiste numa bênção e numa maldição, pois a sua sobrevivência garante que a minha biblioteca e todos os registros que nela foram adicionados continuarão à minha disposição. Contudo, esse monopólio tem suas implicações no mercado editorial, como veremos em outros posts dedicados ao assunto.

Pelo menos com a fusão do Primephonic com a Apple Music pudemos transferir nossas playlists de um app para outro, mas em diversos casos de encerramentos de plataformas ou tecnologias, os clientes ficaram a ver navios. O website do meu primeiro home office profissional, publicado em 2004, podia ser visitado na Wayback Machine até recentemente, quando a Adobe encerrou o suporte para o formato Flash.

Print do meu primeiro website profissional, publicado em 2004. Fonte: Wayback Machine.

Sites como o Killed by Google (Assassinados pelo Google) mostram como a empresa foca o desenvolvimento de produtos e menospreza a manutenção deles. Críticos afirmam que essa tendência pode fazer com que a companhia não passe confiança para seus usuários. Um exemplo disso ocorreu durante o lançamento do Stadia, um streaming de jogos criado em 2019. Durante a coletiva de imprensa de apresentação do projeto, um jornalista perguntou ao gerente-geral do Google qual era a previsão de encerramento do streaming.5

O Killed by Google lista nada menos do que 243 projetos que a Google começou e depois encerrou, incluindo o Google Reader (2013) e o Google Play Music (2020).

No caso do Primephonic, fica evidente ainda que as GAFAM não se darão por satisfeitas simplesmente destruindo a concorrência física ou tomando para si os grandes mercados. Elas também passarão o trator nas pequenas startups digitais e nos pequenos nichos.

Tudo isto sem nos dar a garantia de que seus serviços serão continuados. Para piorar, o impacto destes monopólios algorítmicos no nosso gosto e nos nossos padrões de consumo de cultura será drástico. Será não, já está sendo. Pelo menos para mim.

Agora o Primephonic é apenas memória, como tantas outras que colecionamos nesta era digital.

Memórias de lugares em extinção

Locadoras

Um filme ocupa duas horas da vida da gente na frente da tela. Assim, ter um funcionário cinéfilo para ajudar na escolha faz toda a diferença. Podíamos encontrá-los nas melhores locadoras.

Vítima da pirataria, a Videomania, primeira locadora de Belo Horizonte, não resistiu e fechou as portas em 2013. As demais também foram desaparecendo gradualmente, uma a uma. A extinção das locadoras deixou os amantes da sétima arte à merce da Netflix e do Amazon Prime.

Gosto bastante dos filmes asiáticos. Nesses serviços de streaming, não encontro O cheiro de papaia verde, Sonhos de Akira Kurosawa ou Lanternas Vermelhas. Fico totalmente à deriva nesses novos mares algorítmicos, onde praticamente só navegam produções cinematográficas norte-americanas.

Livrarias

Beto atrasou para me pegar na aula de desenho. Quando entrei no carro, um enorme embrulho lindíssimo me esperava no banco. Era o catálogo ressoné do Debret, edição da Capivara. Sou apaixonada pelos antigos viajantes.

Perguntei, surpresa, qual a ocasião. Ele respondeu que a ocasião era eu. Foi imediatamente perdoado pelo atraso! Afinal de contas, ele estava na joalheria, digo, na livraria, comprando essa preciosidade do famoso livreiro belga Van Damme.

A loja do Van Damme fechou suas portas em 2016, após 47 anos de atividades. Mineiriana, Status e Ouvidor, outras três tradicionais livrarias de Belo Horizonte, também encerraram o expediente.

Caía a noite, e Van Damme se pegou sozinho na livraria, agora bem silenciosa. Procurou definir o que sentia. “Tem que aceitar, vamos dizer assim, a mudança das coisas, dos tempos.” Sua voz cavernosa, baixinha, estava embargada.

Johan van Damme, na livraria que levava o seu nome.6

Vendedores de livros que entendem de livros estão em extinção, junto com as livrarias independentes.

Um terço da receita da Amazon hoje é proveniente de pessoas que pagam para terem seus livros em destaque na loja virtual.7 Portanto, as recomendações da empresa não estão à merce dos algoritmos que mapeiam nosso gosto. Não estão à merce de qualquer gosto, aliás, mas sim do capital financeiro: vence esta guerra quem paga mais.

Loja de discos

O ano era 1999, no final do último milênio. Recordo vivamente quando desci do táxi amarelo em Nova York e adentrei aquele mundo chamado J&R Music. Imagine um verdadeiro shopping center só de música, sendo cada “loja interna” dedicada a um gênero específico! Com a listinha de encomendas do meu pai em mãos, abri a porta da seção de música erudita, maravilhada. Um moço gentil de óculos grandes veio me ajudar a descobrir aqueles e outros achados.

Igualmente inesquecíveis na minha coleção de memórias de viagens foram as visitas à Modern Sound8, em Copacabana, parada obrigatória de todas as férias que passávamos no Rio. Seus 1.200 metros quadrados eram ponto de encontro de músicos e artistas. Oferecia uma inusitada seleção de obras raras, as quais podíamos garimpar ao som do sotaque chiado dos lojistas cariocas.

Eu lia a “Billboard”, a “Cashbox”. Trazíamos raridades de países da América Latina, Itália, Inglaterra, França. Concentrava em Paris, mandava pra lá, e de lá vinha tudo num navio pro Brasil. Na loja, tínhamos vendedores especializados em todos os gêneros: clássico, progressivo, rock, jazz…

Pedro Passos, dono da Modern Sound9

A Modern Sound apareceu num documentário do Wim Wenders sobre as melhores lojas de disco do mundo. Não era só uma loja, chegou a ter um auditório para palestras e cursos, além de um bistrô com música ao vivo. À noite, por vezes, ficávamos até mais tarde, assistindo alguma apresentação de jazz.

É o único lugar do mundo onde se pode ouvir música fabulosa pelo preço de uma Coca-Cola. Como pode morrer um lugar assim?10, escreveu um colunista da Folha, um ano antes do fato consumado. Mais de meio século após a sua inauguração, a Modern Sound entrou para a história em 2010. Pedro, seu fundador, alcunha a Internet de “ferramenta da maldade”.

Crime sem castigo

Assim como estes lugares que estão desaparecendo, o Primephonic tem me feito bastante falta. Este app me economizava um bem precioso: tempo. Já tenho tão pouco para dedicar ao estudo da música erudita, mediante tantas outras prioridades e interesses. Ele era tão incrível que tornava esse processo divertido, ainda mais para mim, que sou aficionada por tecnologia. Agora precisarei reconfigurar os meus processos de educação musical.

Diz o FAQ da fusão que a Apple providenciará um novo app equivalente, com todos os recursos do Primephonic e muito mais. Não vai ser a mesma coisa. O Primephonic era um app independente e isso adicionava um charme todo especial, além da desassociação com os questionamentos éticos envolvendo as gigantes tech.11

Seja como for, até segunda ordem permaneço cética. Torço, com todas as minhas forças, para pagar a língua e testemunhar a Apple investir em um app próprio de música erudita. Há que se ver para crer, pois a empresa pode estar apenas tentando garantir que os usuários do Primephonic migrem para a Apple.

No meu caso, não vai fazer diferença, porque eu já era assinante de ambos, mas (ex)clientes Primephonic ganharam seis meses de acesso grátis à Apple Music. A filha de Steve Jobs está tentando aplacar-nos a ira. Não aplacou a minha.

No que se refere à música erudita, o Primephonic era o meu livreiro, o meu funcionário cinéfilo, o especialista da Modern Sound. A Apple simplesmente o matou. E eu não consigo perdoar essa maçã mordida por isso.

Notas

Atualizado em abril de 2022.

1 – Release de despedida do Primephonic.

2 – Pluralidade cultural, funk na Web e subsídios governamentais para as orquestras sinfônicas.

KondZilla é um canal de funk brasileiro no YouTube e um dos maiores canais de música do mundo, com mais de 65 milhões de seguidores. Aviso importante: não sigo, não ouço, não recomendo. Menciono aqui neste post, porque a música Bum Bum Tam Tam do MC Fioti, tanto a original como o remix da vacina, gerou inúmeras reportagens, polêmicas e discussões ao incluir um trecho da obra de Bach no início (Partita em Lá menor para flauta BWV 1013). Teve gente afirmando que Bum Bum Tam Tam é mais complexo do que Bach, por exemplo.

A música Bum Bum Tam Tam, com clip e letra altamente sexistas, teve 1,6 bilhões de visualizações. Como o título da música parecia o nome do Instituto Butantan, instituição brasileira de pesquisa que contribuiu para o desenvolvimento da CoronaVac, o MC Fioti fez um remix dessa música chamado Vacina Butantan. Na nova versão, a letra incentivava a vacinação e o clip foi gravado no próprio instituto, com a participação de funcionários do Butantan. Neste momento em que publico este post, o clip possui mais de 14 milhões de visualizações.

O cantor tambem produziu uma versão em Inglês da música original, que mistura funk brasileiro e hip hop norte-americano. O clip já tem mais de 4 milhões de visualizações no canal do cantor. O vídeo somente com a música passa dos 55 milhões.

Além dos clipes oficiais das versões, um sem número de vídeos de coreografias dessa música acumulam visualizações, como este aqui em estilo hip hop com mais de 70 milhões de views e este outro em estilo fitness, com mais de 83 milhões de views.

Muitos insistem em afirmar que a música erudita é elitista e privilegiada e que, portanto, não precisa de subsídios governamentais. Relato tudo isto aqui, entretanto, para lembrá-los que a cultura pop “vai bem, obrigada”. Já a música clássica executada no Brasil precisa realmente de ajuda para sobreviver.

Fica aqui a nota de reflexão. Pluralidade cultural é importante: #MúsicaEruditaTambémÉcultura

3 – Música “clássica”, música “erudita” ou os dois?

O termo mais abrangente para o estilo musical do Primephonic seria música erudita, já que música “clássica” se refere somente ao período Clássico. Dois exemplos famosos de compositores clássicos são Mozart e Haydn.

Contudo, o termo música “clássica” entrou para a gramática popular e se tornou sinônimo de música erudita, termo hoje em dia considerado mais elitista.

Particularmente, para mim tanto faz. As inovações linguísticas não me incomodam, já que nossa língua é viva e dinâmica. Coloco a observação aqui somente para não receber e-mails raivosos de “puristas” ou “vanguardistas”, indignados, porque usei ou um ou outro termo.

Desagradando gregos e troianos, eu utilizo os dois!

4 – Googletização e SEO.

Ao contrário do que muitos possam pensar, os resultados das buscas no Google não são neutros. Com certeza este tema merece um post específico, pois recuperação da informação na Web faz parte das minhas pesquisas acadêmicas. Uma rápida e boa introdução ao assunto seria este TED do Eli Pariser:

Tenha cuidado com os filtros-bolha on-line (TED de Eli Pariser).

5 – Killed by Google.

Site Killed by Google, com os projetos encerrados pela empresa.

O site que é um ‘cemitério’ dos projetos do Google (Artigo do Nexo Jornal).

6 – Livraria Van Damme.

Van Damme sai de cena: Vai-se uma livraria em Belo Horizonte (Artigo da Revista Piauí)

Observação: ótimo o trocadilho com o nome do livreiro e o do ator.

7 – Co-op advertising – episódio do podcast Akimbo com Seth Godin.

Neste episódio de 16 de novembro de 2021, Seth Godin elabora diversas questões associadas aos anúncios, não somente na Amazon, mas na indústria do marketing como um todo, desde os tempos dos catálogos impressos até os algoritmos que regem nossa cultura e conduzem os nossos gostos. Este dado da Amazon eu extraí do episódio. Vale a pena ouvir.

8 – Modern Sound.

Imagens e depoimento de Pedro Passos sobre a Modern Sound (Museu da Pessoa).

Vídeo com imagens da Modern Sound, para matar a saudade!

9 – Citação de Pedro Passos e história da Modern Sound.

E a ‘modern’ virou ‘old sound’: do auge ao fim da gigante dos discos (Artigo do O Globo).

10 – Jazz de alto nível a preço de Coca-Cola na Modern Sound.

Com a Modern Sound na cidade, não precisávamos viajar em busca de discos (Artigo da Folha).

11 – Os dilemas éticos envolvendo as empresas GAFAM.

São muitos os dilemas associados às empresas GAFAM, do modelo de negócios à invasão da nossa privacidade. Para saber mais sobre o tema, recomendo:

Privacidade Hackeada (Documentário no Netflix).

Capitalismo de Vigilância – Shoshana Zuboff (Documentário completo no YouTube).

Educação Vigiada (Site do projeto de pesquisa que monitora as empresas GAFAM na educação).

Agradecimentos: Alberto Nogueira Veiga, Paulo Rocha e todos os que me deram seu precioso feedback, obrigada pelos comentários e sugestões.

Imagens: Discos e fitas com celular (Narstudio, Adobe Stock), livros de música clássica (Ana Cecília Rocha Veiga), celular e café (Leszek Czerwonka, Adobe Stock), fitas VHS (DS stories, Pexels), livros na estante (Dayvison de Oliveira Silva, Pexels), disco de vinil tocando (Elviss Railijs Bitāns, Pexels), maçã mordida (Alexandr Podvalny, Pexels).

Foto de Ana sorrindo. Ana é uma mulher branca de meia-idade, com grandes olhos castanhos e cabelos ondulados com mechas louras, na altura dos ombros.

Ana Cecília é professora na UFMG, Brasil. Pesquisa gestão inclusiva e tecnologias da informação e comunicação para museus, bibliotecas e arquivos. Mora em Belo Horizonte com o esposo Alberto e seus dois filhos. Ama ler, desenhar, caminhar e viajar.

 

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